segunda-feira, 24 de junho de 2013

Atalhos da Fé!

 Quando ocorreu a Reforma Protestante no século 16, uma das grandes bandeiras dos reformadores era o fim do misticismo medieval e da supersticiosidade religiosa.
Nos últimos anos, porém, vez por outra têm surgido modismos que claramente chocam-se com as Sagradas Escrituras e significam um retrocesso na luta protestante. Aliás, muitas heresias e ventos de doutrina nada mais são que pura supersticiosidade.
 É fato histórico que os protestantes são contra toda e qualquer manifestação supersticiosa na fé. Porém, infelizmente, muitos grupos que se dizem protestantes pregam e praticam coisas que envergonham o protestantismo. Se não, vejamos: Não seria o uso de elementos como galho de arruda, sal grosso e copo d'água na liturgia uma volta ao misticismo medieval, tão condenado pelos reformadores? A teologia da maldição hereditária não seria um vilipêndio à doutrina da graça e uma superstição religiosa em sua essência?
 Lamentavelmente, é nítida a existência de casos de superstição entre evangélicos, mas isso é resultante da ausência de orientação bíblica. Nas igrejas onde o povo recebe o ensino sistemático e sadio da Palavra raramente existe isso.
 Alguns casos de supersticiosidade entre evangélicos são menores, outros são mais graves. Alguns exemplos do primeiro tipo são deixar a Bíblia aberta no Salmo 91 para afastar desgraças; utilizar a expressão "Tá amarrado!" de forma séria, como uma espécie de precaução espiritual; abrir a bíblia aleatoriamente para tirar 'um versículo" que funcione como a orientação de Deus para tomarmos uma decisão; trocar a leitura sistemática e regular da Bíblia pela "caixinha de promessa"; reputar que a oração no monte tem mais eficácia do que a feita dentro do quarto ou na igreja; dormir empacotado para que Deus, ao nos visitar à noite, não se entristeça; e acreditar que objetos ou algum suvenir de Israel (pedrinhas, água do Rio Jordão, folhas) têm algum poder especial. 
 O protestantismo foi um dos grandes catalisadores do fim da superstição da Idade Média, que havia sido implementado por um catolicismo cada vez mais decadente. É só reexaminarmos a História e veremos que, antes da Reforma, o mundo medieval era cheio de fantasias, duendes, gnomos, demônios, anjos e santos. O povo era ignorante, extremamente supersticioso e não tinha acesso à leitura. A própria Igreja Católica Romana fomentava e explorava isso. Foram os evangélicos que combateram tudo isso, inclusive apoiados pelos humanistas da época.
 um exemplo de caso grave de superstição é o caso da teologia da maldição hereditária, que declara insuficiente a obra de Cristo na vida da pessoa, pois, afirma que, depois de salvo por Jesus, o cristão deve desenterrar o seu passado e o de seus familiares para quebrar uma a uma todas as possíveis maldições que acometeram seus antepassados e que ainda não repousariam sobre ele, se não a libertação não será completa. Além de não ter base bíblica (2Co 5.17), essa teologia defende um princípio quase reencarnacionista, estabelecendo um carma na vida da pessoa a partir de seus parentes.
 Textos como o de Êxodo 20.5-6 não falam da extensão do juízo divino, mas da sua duração sempre que houver necessidade. Em outras palavras, sempre que houver necessidade de juízo, haverá juízo. Os justos que são filhos de pais ímpios não pagam pelo pecado dos pais (Rm 8.1). A responsabilidade é pessoal (Ez 18).
 Fujamos de toda a sorte de superstição. Que nossa fé seja absolutamente bíblica.
 Parafraseando o apostolo Paulo encerro este artigo, dizendo: “em tudo vos vejo um tanto supersticiosos”. Atos 17:22

 Sempre em Cristo,
 Dc Josebias.

7 comentários:

  1. Estou sempre te acompanhando irmão Josebias, parabéns por este ALERTA, realmente, o que estamos vendo ser injetado por "lideres" nas Igrejas é vergonhoso. Vamos combater as heresias. Deus continue te usando "vaso de Deus".
    Pastor Ismael - blog Aqui eu Aprendi!

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  2. Paz do Senhor irmão Josebias. De todo o seu excelente texto, duas coisas me chamaram muito a atenção: 1-oração no monte ter mais valor do que a feita em qualquer outro local, isso é uma bobagem difícil de combater, não são poucos que dão mais valor ao monte e ao sair de lá vivem como se nem fossem verdadeiros Cristãos; 2- Maldição hereditária, li um "bispo primaz" líder de uma igreja evangélica falando abertamente que isso ainda não mudou e que as maldições são sim repassadas dos pais para os filhos "ou a Bíblia não é a Palavra de Deus", ele disse. Depois dessa parei de ler os artigos do referido "bispo". Deus continue te abençoando.

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  4. Muito boa sua postagem mano, que possamos ser sempre sal nesse doce mundo gospel!

    SOLI DEO GLORIA!

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  5. É bem verdade Josebias; eu já em programas de televisão um líder pedir para a sua enorme igreja levantar as mãos e voltar pela fé aos antepassados para quebrar maldições...já vi até "campanhas" de colocar nomes de pessoas amadas na sola do pé acredita?? aquelas crendices e simpatias que minha vó fazia foram importadas para algumas igrejas rsrs.

    Paz
    http://ezequiel-domingues.blogspot.com.br/

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  6. Irmão aqui em nossa igreja existe irmãos que dão mais valor em monte, e muitas outras coisas relacionadas em eu texto Josebias, que é um assunto difícil de combater, mais Deus te abençoe querido...

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  7. Graça e Paz do nosso Senhor Jesus!
    Parabéns pelo blog desejo visitá-lo mais vezes, deixo o endereço do blog da igreja: http://metodista-ituverava.blogspot.com.br/
    Também deixo o endereço do meu blog pessoal: http://cantinho-disciplina.blogspot.com.br/
    Já estou seguindo o seu blog.

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