quarta-feira, 4 de julho de 2018

Uma mentirosa ilusão

                   "Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo..." Hb 9.27

Resultado de imagem para o espírito volte para Deus


 Às vezes evitamos o assunto chamado morte. Esse silêncio revela o tabu, não apenas na sociedade em geral, mas também nas igrejas, pois, quem ousaria contrariar o ibope e indispor-se, abordando o que Isaías disse ao rei? Quem, nas igrejas, gostaria de ser lembrado de preparar-se para morrer?

"Senhor faze-me reconhecer minha condição de pecador e ensina-me a distinguir tua verdade salvadora das mentiras"
 Um amigo contou-me que esperava ficar livre do seu carma, da sua dívida de culpa, em mais quatro reencarnações. Eu lhe respondi que não cultivava essa ilusão a meu respeito, pois sei que não consigo desfazer-me da minha capacidade de pecar, ainda que tivesse muitas vidas, pois, "não faço o bem que eu quero, mas, sim, o mal que odeio" (Rm 7.15). Assim não importa como eu me avalio, pois é o Deus Santo quem nos julga (1Co 4.3)! Essa triste condição só não é deprimente e desesperadora porque Jesus quitou a minha dívida ao morrer no Calvário. Somente estou livre, já agora, da minha culpa e vivo com esperança porque ele assumiu minha dívida.
 Como muitos, meu amigo até estava consciente de que morreria, as se deixara iludir pelos três grandes equívocos do espiritismo. O primeiro engano é que somos capazes do bem e que nós mesmos conseguiremos sanar o estrago do mal que causamos. A segunda ilusão é a reencarnação, a crença de que teremos mais de uma chance para aceitar nossos débitos. E o terceiro equívoco é que cada um se avalia a si mesmo. É óbvio que todos nós tendemos a enxergar-nos numa luz positiva e a avaliar-nos com notas boas! Esse conjunto de crenças nos cega para a gravidade da situação gerada pelo pecado na existência humana. E, com o diagnóstico equivocado, o tratamento proposto também é ilusório. Promete o que não se cumprirá.


 Sempre em Cristo,
 Josebias Onorato.

Imagem: https://i2.wp.com/www.esbocandoideias.com/wp-content/uploads/2016/03/o-que-a-biblia-ensina-sobre-corpo-alma-espirito.jpg?ssl=1 

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O Fruto do Espírito e o caráter cristão

 Em um de seus últimos ensinamentos aos discípulos, Jesus discorreu sobre a importância da frutificação espiritual (Jo 15.1-5). O Mestre fez uma analogia da videira e seus ramos com Ele e o crente, para ensinar que este precisa daquEle, afim de tornar-se semelhante a Cristo. É o Espírito Santo que produz o fruto em nós à proporção que lhe entregamos a vida.
 Para que o fruto seja gerado, é necessário que haja uma relação de interdependência entre o tronco e seus ramos. Jesus declarou aos discípulos que viera ao mundo com a missão de revelar-lhes o Pai, e que, ao partir, enviaria o Espírito Santo para estar com eles, ajudando-os em todas as coisas. Assim como Jesus fez-se homem para revelar o Pai à humanidade, o Espírito habita no crente a fim de que Cristo seja conhecido (1 Co 6.19).
 O princípio da frutificação encontra-se a partir de Gênesis 1.1. Notamos que cada planta e árvore devia produzir fruto segundo a sua espécie.
 A frutificação espiritual segue a mesma regra. João Batista exigiu de seus discípulos: "Produzi frutos dignos de arrependimento" (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este princípio esclarecendo aos seus seguidores que, a fim de desenvolverem espiritualmente, precisavam apresentar abundante fruto para Deus.
 De que tipo de fruto Jesus estava falando? A resposta encontra-se em Gálatas 5.2. Por conseguinte, o fruto do Espírito desenvolve no crente um caráter semelhante ao de Cristo, que reflete a imagem de sua pessoa e a natureza santa de Deus.
 Quando o crente não se submete ao Espírito, cede aos desejos da natureza pecaminosa. Mas, ao permitir que Ele controle nossas vidas, torna-se um solo fértil, onde o fruto é produzido. Mediante o Espírito, conseguimos vencer os desejos da carne e viver uma vida frutífera. O resultado é uma vida controlada pelo Espírito.
 Cada um produz um fruto segundo a sua espécie. Em João 14.16, lemos as palavras de Jesus aos discípulos: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos enviará outro Consolador, para que fique convosco para sempre". A palavra outro, no original denota "outro da mesma espécie". O Espírito Santo é da mesma espécie de que Jesus. Logo, é de sua natureza produzir um caráter semelhante ao de Cristo no crente. É da natureza da carne pecaminosa produzir maldade.
 Mas qual o propósito? 
 Expressar o caráter de Cristo, através da revelação do fruto com relação a árvore de origem. Quando as pessoas tomam conhecimento de nossa confissão cristã, podemos vir a ser a única bíblia que muitas delas "lerão".
 Evidenciar o discipulado, intermediado pela confirmação do ensino prático do dar "muito fruto", a fim de sermos reconhecidos como discípulos de Cristo (Jo 15.8). Ele ressaltou que todo discípulo instruído será como o seu mestre (Lc 6.40). Isto significa que não é o bastante aceitar Jesus para afirmar: "Veja, sou crente!" Ele deseja que produzamos muito fruto. Se assim fizermos, estaremos demonstrando que verticalmente somos seus discípulos.
 Abençoar outras pessoas, ao manifestar o fruto estamos abençoando os ímpios que nos cercam e também os crentes que vêem a evidência do fruto espiritual em nós.
 Glorificar a Deus (Jo 15.8), por meio uma vida abundante em Cristo, resultado da frutificação do Espírito. Quando permitimos que a imagem dEle seja refletida em nós, as pessoas glorificam a Deus (Mt 5.16).
 Quando entregamos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e abundante. Como cristão, tudo que concerne ao caráter santificado, ou seja, a nossa semelhança com Cristo, é a obra do Santo Espírito até que Cristo seja formado em vós" (Gl 4.19).

 Sempre em Cristo,

 Josebias.