sexta-feira, 14 de junho de 2013

IOGA - Exercício Corporal ou ritual religioso?


FALSA RELIGIÃO TRANSVESTIDA DE EXERCÍCIO


  Em novembro de 2003, fora realizado um evento que seria considerado por um grupo de empresários do Rio de Janeiro, o maior evento de ioga do país.    
  Denominado de Oi Novos Urbanos, o projeto pretendia entrar no calendário anual da cidade e trazer, a cada edição, iogues famosos, tanto nacionais como internacionais. Segundo a promulgadora do evento, Denise Chaer, o objetivava conquistar mais seguidores para a prática.
  Infelizmente, nunca a ioga foi tão popularizada no país como nos últimos anos. "Não há dúvida de que a filosofia oriental invadiu o Ocidente. Atualmente, já contabilizamos cerca de mais de 5 milhões de praticantes de ioga no Brasil", afirmou Chaer na época, embora em 2011 a Revista Digital Exame informa que segundo a Associação Brasileira de Ioga esse número passa à margem de 500 mil praticantes. O marketing da prática no país inclui personalidades famosas na mídia, como os apresentadores Cíntia Howlett e Luciano Huck, e os atores globais Marcelo Serrado, Cristiane Torloni, Fernanda Torres e Letícia Spiller além de Rodrigo Santoro. A ideia é atingir principalmente os jovens. O jornal o Globo, o segundo jornal secular em circulação no país, chegou a publicar uma matéria, com chamada de capa, promovendo a ioga.
  Não são poucos que, lamentavelmente, engodados pelo discurso da mídia, pensam que não há nada demais em o cristão praticar ioga. Muito pelo contrário.
Ioga é paganismo travestido de exercício físico.

É UMA PRÁTICA RELIGIOSA?

  Os que pensam que praticar ioga não afeta os princípios cristãos alegam que tal prática não é espiritual ou religiosa, mas apenas um exercício corporal, uma técnica de relaxamento. Ledo engano. Isso pode ser comprovado com base tanto na história da ioga, quanto em seu método e na sua meta. 
  Historicamente, a ioga sempre foi uma prática religiosa. Há registros das primeiras evidências dessa prática centenas de anos antes da Era Cristã. Dizem eruditos hindus que elas apareceram em Upanishads (1000 a.C), que declara que atamajnana é a meta da vida. Outra evidência aparece no Bhagavad Gita (500-400 a.c), que aconselha seriamente o investigador sobre Deus à prática do "controle de eu pelo eu". Mas a ioga só foi oficialmente sistematizada por volta de 150 d.C, por Patanjali, um estudante da filosofia Samkhya, que nessa época escreveu suas Sutras Iogas.
  Quanto à meta, a ioga também é religiosa. Isso porque, nela, o adepto esforça-se para controlar prakriti (natureza), fazer o jiva (a alma), ajustar a união com purusha (a unidade espiritual de tudo) e, por fim, alcançar nivirkalpa samadhi (união com deus), e deste modo o jivanmukta (que é a liberação da alma do ciclo de nascimento e morte). Ao iogue é dito para ser a jivanmukti or atmajnani (o possuidor da consciência de si mesmo). Iogues ocidentais preferem chamar a meta de "consciência de deus" ou "auto-realização". Muitos ainda a chamam de consciência cristã.
  Quanto ao método, o ioga também é religioso. São pelo menos quatro iogas essenciais existentes hoje. Dependendo do temperamento e conhecimentos, o ioga pode recolher um ou mais caminhos (atalhos) para a liberação: karma (trabalho), bhakti (devoção), raja (meditação) ou jnana (atamajnana, conhecimento próprio; ataman = brâmane).
  O hatha ioga, como os professores modernos o denominam, é a elasticidade da terceira e oitava extensões (ashatangas, séries de exercícios que aliam respiração rápida a movimentos) que compreendem o sistema de Pantajali. Os professores que falam da hatha como parte da terceira ramificação do ioga não insistem que os estudantes pratiquem simultaneamente as outras duas ramificações, que incluem estudo de escrituras, pureza moral etc.
  No entanto, a prática do hatha ioga ensina a doutrina do raja ioga, que inclui o movimento denominado "poder da serpente" na base da espinha (Kundalini), o s sete chakras, as posturas (arsana), o controle da mente (pranayama) e a meditação (dharana e dhyana). Em outras palavras, mesmo tentando camuflar, o hatha não consegue se divorciar do lado religioso, já que é a sua razão de ser. Porém, o que dizem é que ele é apenas a "base geral dos exercícios exclusivamente físicos, com técnicas de respiração".
  Algumas modalidades de ioga praticadas no Brasil, além do hatha, são o iyengar(pronuncia-se aiênga), que criado por um líder religioso indiano que o criou para tentar amenizar suas enfermidades; a vedanta, doutrina religiosa que se propõe filosofia e prega a "iluminação" através do estudo dos textos sagrados dos iogues; power ioga, versão para "malhadores" de academia, que consiste na prática, em ritmo acelerado, dos exercícios da ioga; hakti, práticas de devoção a divindades como a dos hare ksishnas; ioga tântrico, que compreende as pessoas a partir do "equilíbrio de seus chacras (centros de energia) do corpo".
  Não há uma modalidade da ioga, mesmos as ditas menos religiosa - como a iogaterapia (para hipertensos, cardíacos e asmáticos), a ioga hormonal (para mulheres da menopausa) e a ioga para gestantes -, que não deva ser repudiada pelo cristão, já que todas são ioga. Todas usam a técnica da huatha, que é um método religioso com metas religiosas, apesar de enfatizarem que o propósito é apenas alcançar "benefícios corporais e mentais".
  Um cristão verdadeiro não pode usar técnicas de religiões pagãs para alcançar "benefícios corporais e mentais". Há muitos exercícios físicos para melhorar a circulação do sangue e perder calorias que não envolvem religião e são comprovadamente muito mais produtivos do que a ioga. Aliás, justamente por isso, esse nem é o carro-chefe da ioga. O que atrai mesmo as pessoas a essa prática é a garantia de alívio mental, relaxamento, encontro consigo mesmo etc. O cristão não precisa usar técnicas do paganismo religioso para aliviar sua alma e alcançar equilíbrio interior (Mt 11.28-30).

SUTILEZAS DA IOGA

  Os iogues fazem discípulos usando os seguintes meios para persuadir as pessoas:
  • a) A ênfase na postura física do ioga como um programa de exercícios, enquanto escondem a fundamentação espiritual e religiosa do ioga, frequentemente àqueles que são ignorantes quanto a doutrina cristã.
  • b) Aproveitando-se da ignorância das pessoas e do preconceito ao cristianismo organizado e à Bíblia, lamentam a divisão e fomentem seus ideais. 
  • c) Apresentam a ioga como antiga verdade esotérica que unifica o caminho, atribuindo à ioga uma aura em volta dela por meio do uso de incensos e turbantes.
  • d) Usam linguagens vagas, ambíguas e imprecisas, super-generalizações sem suporte que lhes dê crédito, e linguagem poética sem crédito racional, tais como símiles, metáforas e especialmente paradoxos. 
  • e) Elevam a subjetividade sobre a objetividade, apelando ao desafio da experiência como autoridade final nos problemas espirituais, ou às palavras dos gurus.
  A ioga não tem nada a ver como a Palavra de Deus. Muito pelo contrário, choca-se frontalmente com ela.
  Para os praticantes do ioga, Deus é um fim impessoal, é o "um sem o segundo", além de toda dualidade (amor-ódio; bom-mal). No entanto, para os cristãos, Deus é triuno e pessoal, e possui atributos perfeitos: amor, santidade, justiça etc. Embora tanto o iogue quanto o cristão afirmem que Deus é onisciente, onipotente e onipresente, usam os mesmos termos em sentidos diferentes.
  Para os iogues, a humanidade está trancada em prakriti, encarcerado no corpo que poderia ser mestre e transcendente por esforço próprio. Para os cristãos, a humanidade que possuem é corpo e alma dotada de espírito (1 Ts 5.23), e os seres humanos só podem ser salvos pela graça, por meio da fé em nome de Jesus Cristo, nunca por obras ou pela lei (Ef 2.8).
  Para os iogues, a inexorável lei do karma (causa e efeito) ordena todos os detalhes na vida, sem espaço para a graça. Todas as coisas são obtidas em troca do trabalho. Para os cristãos, a justiça e a misericórdia de Deus determinam todas as coisas na natureza (Rm 8.28; 11.22), que agora está caída, mas, em algum momento, será redimida (2 Pd 3.7,10-13 e Ap 21.1).
  Para os iogues, muitos caminhos levam a deus, e somente aquele que percebe isso e aceita a unidade na diversidade verdadeiramente alcança a Deus. Para os cristãos, só há um único caminho, não porque eles o dizem, mas porque Cristo disse: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim", Jo 14.6.
  Para os iogues, a meta é a identificação com Deus, o único ("eu sou brâmane"). Para os cristãos, a meta é a vida eterna com Deus, assim como a herança por meio da ressurreição de Cristo, o Filho de Deus, no Céu 9Fp 3.14,20-21).
  Portanto, é inconcebível que um crente sincero pratique ioga.

  Sempre em Cristo,
  Dc. Josebias Onorato.  

2 comentários:

  1. Gosto da forma como aborda o tema,infelizmente muitos cristãos não estão vendo a armadilha, acredito que os exercícios são bons mas por detrás está a religião. Eu não aceito, nunca escrevi nada sobre isso, nem analisei o que está por detrás do ioga. Mas como o irmão afirma, e eu acredito no que li aqui, não é coisa boa esta ioga, e decerto sua mensagem é um alerta para os que querem agradar e servir o Bondoso Salvador.
    Abraço.
    António.

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  2. Infelizmente, muitos crentes se deixam levar por falsos ensinamentos por falta do conhecimento da Palavra. Não querem ler, mas vivem de ouvir. Louvo a Deus por existir pessoas que se aprofundam em temas como estes. Deus continue te abençoando. A paz.

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