O sacrifício de Cristo nos faculta o acesso à Deus. Os homens precisam aceitar o sacrifício de Cristo, senão sofrerão o juízo eterno.
No capítulo 3 de Hebreus, está escrito: "Vede irmãos, que nunca haja entre vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo" (v.12). O termo apartar refere-se a apostasia. Esse pecado consiste na rejeição consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção do testemunho do Espírito Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Jesus Cristo.
Já no 10.26: " Já não resta mais sacrifício pelos pecados", assevera o texto sagrado. Trata-se de pecados insolentes, que se constituem numa afronta inominável a Deus. Pecar assim é um atentado à santidade do Altíssimo. Loucura que trará sérias consequências.
A verdade divina liberta (Jo 8.32) quando o pecador a recebe de coração. No entanto, quando a verdade é desprezada de modo deliberado, consciente, doloso, reincidente e ofensivo, por quem a conhece bastante, torna-se impossível o perdão porque tal pessoa repudia e repele para longe de si a graça de Deus, que pode levá-la ao arrependimento. Restando assim uma expectação horrível, pois não havendo mais sacrifício pelo pecado, o que resta? Só uma sentença: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (10.31).
Quando esse agravo é contra o Espírito Santo ai a coisa se estreita de uma forma terrível. Por tratar-se de um pecado múltiplo em sua prática: enquanto pisa o Filho de Deus, profana o seu sangue e faz agravo ao Espírito Santo (literalmente, insulto, insolência, ultraje). Para esse tipo de pecador, o Calvário não passa de uma encenação, de uma farsa.
a) Blasfêmia contra o Espírito Santo
Com o coração endurecido, o pecador ultraja conscientemente o Espírito Santo. Quanto a isso Jesus advertiu severamente: "Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo" (Mt 12.32). No texto de Marcos 3.29, entende-s
b) O pecado imperdoável não é a simples incredulidade
O incrédulo, de fato, se não aceitar a Jesus, está condenado (Jo 3.18). No caso em questão, não se trata de um incrédulo qualquer, mas de alguém que já teve amplo conhecimento da verdade. O Espírito Santo é que tem o poder de convencer o pecador de seus pecados (Jo 16.8). Se a pessoa o despreza e lhe faz agravo, não há mais esperança para o tal.
c) Arrependimento impossível. No capítulo 6 de Hebreus, o escritor afirma que se torna impossível a renovação para arrependimento daqueles que "uma vez foram iluminados"; "provaram o dom celestial"; "se fizeram participantes do Espirito Santo"; "provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro" (vv.5,6). Qual a razão de tal impossibilidade? A resposta está claramente estampada no texto: por que "de novo crucificaram o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério". Mais uma vez se constata que o pecado imperdoável não é cometido por um desobediente desavisado qualquer, não se trata de pecado por ignorância.
A apostasia, o abandono da fé em Cristo, é algo de indescritível gravidade espiritual. Se rejeitamos o sacrifício de Cristo como paga pelos nossos pecados, nenhuma outra provisão haverá para a nossa salvação (vs. 26). O relativismo religioso e o secularismo que debilitam a igreja, afrouxando as regras e os limites entre o santo e o profano, constituem um sinal de alerta a nós.
Não rejeitemos a Cristo!
Sempre em Cristo,
Josebias.