"Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo..." Hb 9.27
Às vezes evitamos o assunto chamado morte. Esse silêncio revela o tabu, não apenas na sociedade em geral, mas também nas igrejas, pois, quem ousaria contrariar o ibope e indispor-se, abordando o que Isaías disse ao rei? Quem, nas igrejas, gostaria de ser lembrado de preparar-se para morrer?
"Senhor faze-me reconhecer minha condição de pecador e ensina-me a distinguir tua verdade salvadora das mentiras"
Um amigo contou-me que esperava ficar livre do seu carma, da sua dívida de culpa, em mais quatro reencarnações. Eu lhe respondi que não cultivava essa ilusão a meu respeito, pois sei que não consigo desfazer-me da minha capacidade de pecar, ainda que tivesse muitas vidas, pois, "não faço o bem que eu quero, mas, sim, o mal que odeio" (Rm 7.15). Assim não importa como eu me avalio, pois é o Deus Santo quem nos julga (1Co 4.3)! Essa triste condição só não é deprimente e desesperadora porque Jesus quitou a minha dívida ao morrer no Calvário. Somente estou livre, já agora, da minha culpa e vivo com esperança porque ele assumiu minha dívida.
Como muitos, meu amigo até estava consciente de que morreria, as se deixara iludir pelos três grandes equívocos do espiritismo. O primeiro engano é que somos capazes do bem e que nós mesmos conseguiremos sanar o estrago do mal que causamos. A segunda ilusão é a reencarnação, a crença de que teremos mais de uma chance para aceitar nossos débitos. E o terceiro equívoco é que cada um se avalia a si mesmo. É óbvio que todos nós tendemos a enxergar-nos numa luz positiva e a avaliar-nos com notas boas! Esse conjunto de crenças nos cega para a gravidade da situação gerada pelo pecado na existência humana. E, com o diagnóstico equivocado, o tratamento proposto também é ilusório. Promete o que não se cumprirá.
Sempre em Cristo,
Josebias Onorato.