quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Pecado Imperdoável

 O sacrifício de Cristo nos faculta o acesso à Deus. Os homens precisam aceitar o sacrifício de Cristo, senão sofrerão o juízo eterno. 
  Entretanto Deus exige de nós responsabilidade no uso dos seus dons, mas deseja principalmente de nós uma vida de santidade. Pode haver na igreja pessoas, que, mesmo tendo experimentado os presentes de Deus - a salvação, o perdão dos pecados, a inclusão na igreja - queiram pecar voluntariamente, não havendo para os pecados de tais pessoas qualquer sacrifício. Pelo fato de retornarem à vida de pecados e pisarem o Filho de Deus, resta-lhes a expectação de algo ruim, pois cairão nas mãos do Deus Vivo.
 No capítulo 3 de Hebreus, está escrito: "Vede irmãos, que nunca haja entre vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo" (v.12). O termo apartar refere-se a apostasia. Esse pecado consiste na rejeição consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção do testemunho do Espírito Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Jesus Cristo.
 Já no 10.26: " Já não resta mais sacrifício pelos pecados", assevera o texto sagrado. Trata-se de pecados insolentes, que se constituem numa afronta inominável a Deus. Pecar assim é um atentado à santidade do Altíssimo. Loucura que trará sérias consequências.
 A verdade divina liberta (Jo 8.32) quando o pecador a recebe de coração. No entanto, quando a verdade é desprezada de modo deliberado, consciente, doloso, reincidente e ofensivo, por quem a conhece bastante, torna-se impossível o perdão porque tal pessoa repudia e repele para longe de si a graça de Deus, que pode levá-la ao arrependimento. Restando assim uma expectação horrível, pois não havendo mais sacrifício pelo pecado, o que resta? Só uma sentença: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (10.31).
 Quando esse agravo é contra o Espírito Santo ai a coisa se estreita de uma forma terrível. Por tratar-se de um pecado múltiplo em sua prática: enquanto pisa o Filho de Deus, profana o seu sangue e faz agravo ao Espírito Santo (literalmente, insulto, insolência, ultraje). Para esse tipo de pecador, o Calvário não passa de uma encenação, de uma farsa.
 a) Blasfêmia contra o Espírito Santo
 Com o coração endurecido, o pecador ultraja conscientemente o Espírito Santo. Quanto a isso Jesus advertiu severamente: "Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo" (Mt 12.32). No texto de Marcos 3.29, entende-s
e que blasfemar contra o Espírito Santo é o mesmo que atribuir a Satanás a obra de Cristo.
b) O pecado imperdoável não é a simples incredulidade
 O incrédulo, de fato, se não aceitar a Jesus, está condenado (Jo 3.18). No caso em questão, não se trata de um incrédulo qualquer, mas de alguém que já teve amplo conhecimento da verdade. O Espírito Santo é que tem o poder de convencer o pecador de seus pecados (Jo 16.8). Se a pessoa o despreza e lhe faz agravo, não há mais esperança para o tal.
c) Arrependimento impossível. No capítulo 6 de Hebreus, o escritor afirma que se torna impossível a renovação para arrependimento daqueles que "uma vez foram iluminados"; "provaram o dom celestial"; "se fizeram participantes do Espirito Santo"; "provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro" (vv.5,6). Qual a razão de tal impossibilidade? A resposta está claramente estampada no texto: por que "de novo crucificaram o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério". Mais uma vez se constata que o pecado imperdoável não é cometido por um desobediente desavisado qualquer, não se trata de pecado por ignorância.        
 A apostasia, o abandono da fé em Cristo, é algo de indescritível gravidade espiritual. Se rejeitamos o sacrifício de Cristo como paga pelos nossos pecados, nenhuma outra provisão haverá para a nossa salvação (vs. 26). O relativismo religioso e o secularismo que debilitam a igreja, afrouxando as regras e os limites entre o santo e o profano, constituem um sinal de alerta a nós. 
 Não rejeitemos a Cristo!

 Sempre em Cristo,
 Josebias.